segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Calavera Garbancera e seu significado

A chamada Calavera Garbancera é um elemento chave na cultura mexicana. Ela foi originalmente criada como uma sátira sobre a aristocracia mexicana na era pré-revolucionária.

Significado e origem da Calavera Garbancera

O nome original deste famoso personagem 100% raízes mexicanas é “La Calavera Garbancera”porque “garbancera” era o apelido dado para as pessoas de ascendência indígenas que imitavam e agiam com modas européias e negavam sua herança cultural.
Tanto é assim que o crânio não tem roupas, mas apenas o chapéu, e seu criador o descreve: “apesar de ser somente ossos, esta vestindo chapéu francês com suas penas de avestruz”. Nisto residia críticas a muitos mexicanos que eram pobres, mas que ainda queriam fingir um estilo de vida europeu que não lhes correspondia.
Aqueles tempos eram cruéis nos quais as classes sociais eram muito segmentadas e a classe mais alta era a mais afortunada e gozava de muitos privilégios. Totalmente diferenciada da classe baixa que era quase invisível aos ricos e abastados.

O resgate do folclore da Calavera Garbancera

Depois, para explicar e resgatar o folclore do culto dos mortos e mostrá-lo à alta sociedade, o artista plástico José Guadalupe Posada fez caricaturas da morte.
Um desses desenhos é o famoso crânio do chapéu elegante, representado apenas pela cabeça e pelo busto, com um gosto sofisticado e esquelético.
Diego Rivera revisitou La Catrina e a retratou em sua obra máxima, o mural Sonho de um domingo à tarde no Parque Alameda’ de 15 metros de comprimento de 1948.

Calavera Garbancera na Pop Art

Hoje, a Calavera Garbancera se veste de muitas maneiras. Atingiu patamares que ultrapassaram a cultura mexicana e tornou-se parte da pop art mundial.
Há diversos concursos, onde há desfiles para ver qual é o vestido mais original e ornamentação de caveira mexicana. Neles, homens e mulheres de fantasiam disputando prêmios ou mesmo participando de festas à fantasia na época de comemoração do dia dos mortos.

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